O deputado Hugo Leal (PSC-RJ) vai criar um grupo de trabalho
para discutir a formação de condutores de veículos, o papel das autoescolas e a
responsabilidade dos entes públicos do Sistema Nacional de Trânsito.
A iniciativa foi anunciada durante audiência pública da
Comissão de Viação e Transportes que discutiu o tema nesta terça-feira (24) na
Câmara dos Deputados.
Coordenador da Frente Parlamentar em Defesa do Trânsito
Seguro, Hugo Leal disse que vai cobrar ações e lutar para que o Parlamento
exerça seu papel de fiscalizar órgãos como o Departamento Nacional de Transito
(Denatran). O objetivo do grupo, segundo Leal, é garantir a aplicação de
políticas públicas para reduzir os altos índices de acidente de trânsito no
País.
"Mensalmente nós vamos nos reunir até o final do ano,
nesses próximos três meses, para que esse grupo de trabalho defina como está
indo o grupo técnico do Denatran, como está a evolução da legislação, o que
cabe a nós fazermos de modificação na legislação. E, no grupo, nós vamos ter o
Denatran, os Detrans, a Federação Nacional das Autoescolas, a representação dos
instrutores e o Parlamento."
Reivindicações do
setor
Durante a audiência pública, representantes de empresários e
trabalhadores do setor defenderam a redução de 20% para 5% do percentual de
aulas noturnas; o aumento de horas das aulas teóricas e práticas; investimentos
na qualificação dos instrutores e a uniformização das regras dos Detrans nos
diferentes estados.
A implantação dos simuladores nas autoescolas provocou
polêmica.
O presidente da Federação Nacional das Autoescolas,
Magnelson Carlos de Souza, contou que as três empresas homologadas apresentaram
um equipamento aquém do esperado, sem a simulação, por exemplo, de situações de
risco. "Não somos contra a modernidade, não somos contra o simulador.
Estamos nos posicionando contra o que está sendo apresentado. Esse não
representa a modernidade."
Simulador para
autoescolas
Já a representante do Denatran, Maria Cristina Hoffman,
confirmou que as autoescolas têm até 31 de dezembro deste ano para instalar o
equipamento. "O simulador está dentro do que foi definido pelo estudo da
universidade, o software é espetacular, é tudo uma questão de adaptação. Como
eles ainda não sabem como utilizar o simulador, eles ficam com medo. Às vezes,
o centro de formação mais antigo tem essa preocupação com o custo. Ele acha que
isso vai encarecer. O custo de um simulador para um centro de formação é o
mesmo de um carro novo para pôr na rua. Só que o carro novo está sujeito a
muitos problemas e o simulador, não."
Essas e outras questões serão tratadas em uma sugestão de
projeto de lei a ser apresentada em maio de 2014 pelo Observatório Nacional de
Segurança Viária. O presidente da entidade, José Aurélio Ramalho, defendeu uma
ampla discussão com todos os envolvidos.
Fonte: Agência Câmara de Notícias
Fonte: Agência Câmara de Notícias
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